sábado, 20 de julho de 2013


Obrigada, Isathai, por tudo ao longo deste semestre... 
Obrigada por entender nossas vidas atribuladas...
Obrigada por não nos deixar sozinhos...
Obrigada por conversar conosco...
Obrigada por nos acompanhar ao longo desses meses...
Obrigada por nos ajudar sem julgamentos...
Obrigada por passar um pouco da sua experiências e conhecimentos para nós...
Obrigada pelos encontros presenciais...
Obrigada por nos dizer coisas importantes...
Obrigada por nos escutar...
Obrigada pelos comentários...
Obrigada pelos lembretes - que tanto ajudaram aqueles (como eu!) que não têm boa memória!
Obrigada por ser nossa tutora.
Esses gerânios são para você. Para te agradecer!
Obrigada por tudo!

Um forte abraço!
ursula

Atrasado - aula 03


...compartilhe exemplos de cada um dos elementos (amor, humildade, fé nos homens, esperança e um pensar crítico).  Escreva situações reais ou algo que tenha chamado atenção sobre os elementos de dialogicidade de Paulo Freire.

Sabe?! Uma vez uma aluna minha me disse: você é uma freireana!
Essa frase me chamou atenção... Porque eu REALMENTE não tenho NENHUMA leitura do Freire... Sei lá por qual motivo, ele nunca foi leitura dada ao longo da graduação (vai ver os professores da graduação pensam que todo mundo que faz pedagogia lê Freire naturalmente... que é "natural" para um estudante de pedagogia essa leitura... que Freire é "livro de cabeceira de pedagogo" e por isso não precisavam recorrer a ele... ou vai ver eles também não leram e por isso não têm condição de cobrar... sei lá!), também não o foi ao longo do mestrado (nesse caso, porque a linha que estudei me afastou ainda mais do velho barbudo) e no doutorado, muito menos.
Mas ela disse que eu "sou  uma freireana". Por quê?! Acho que porque eu, antes de tudo, prego o meu real apreço pelo que faço... Se trabalho, trabalho com apego, com zelo... Eu chamo isso de ética profissional... Mas para alguns (talvez os de coração mais romântico) essa minha atitude seja uma expressão do meu amor pelo trabalho, pela causa da educação, pelos alunos... 
Quando trabalho, tenho claro pra mim e não me causa nenhum constrangimento admitir para os alunos que "não sei de tudo"! Em um universo de conhecimento, se eu sei 0,001%, sei muito. Cada um tem suas experiências, tem algo a acrescentar, tem reflexões a fazer e por isso acho tão importante ouvir os alunos, dialogar com eles, permitir que se expressem, garantindo que eu e os demais escutem e aprendam uns com os outros... (Vai ver, por conta disso, ela identificou em mim a tal da humildade do Freire).
Quando entro em sala de aula, tenho plena fé no meu trabalho! Acredito piamente no que estou fazendo e nas pessoas com quem estou lidando... Tenho sempre a esperança de que posso despertar neles a semente da crítica e de uma mudança frente ao quadro aterrorizante que vivemos de violência, de egoísmo e frieza humana. 

Interessante porque eu estava ministrando há pouco uma disciplina de Ética Empresarial e Profissional e minhas reflexões a esse respeito só aumentaram e ganharam novos contornos, agora admitindo essa dimensão da ética e da necessidade desta para um bom desempenho profissional e de vida, no geral. 
Minha postura dentro de sala de aula era justamente no sentido de tentar fazer os alunos pensarem e discutirem sobre a ética e a necessidade desta para o bom desempenho profissional... Ao final da disciplina, os alunos me disseram que gostaram dessa metodologia, que nunca tinham vivido algo assim - um professor que não deseja depositar neles o saber "que não detém" - e que aprenderam bastante com as reflexões dos demais... (Nesse momento relembrei daquela aluna e saí da Unipace me perguntando: será que por essa postura eu posso mesmo ser considerada uma freireana?!)

Atrasado - aula 02



...como as mudanças no tempo e espaço introduzidas pelos processos pedagógicos virtuais podem influenciar o trabalho docente? E você? Como trabalha com o tempo e o espaço nas atividades de tutoria? Registre essas reflexões no diário de bordo.

Às vezes me pego refletindo sobre isso... Especialmente, nesses últimos dias... Nas três últimas semanas, ministrei aulas na modalidade presencial na Unipace (Universidade do Parlamento Cearense) e pude perceber o quão diferente é você trabalhar sem o auxílio da ferramenta virtual... 
Interessante o fato de que a grande maioria dos professores que hoje trabalham na modalidade de ensino a distância primeiro trabalharam com o ensino presencial e tiveram que transpor as barreiras do hábito para começar a trabalhar com o ensino a distância... Eu fiz um caminho inverso. Primeiro aprendi a trabalhar com os "alunos virtuais" e agora, pela primeira vez, experimentei o ensino presencial...
Eu devo dizer que após o paliativo que estabeleci entre essas duas experiências (ensino presencial versus ensino a distância), cheguei à conclusão que prefiro trabalhar com o ensino a distância e justamente por conta da possibilidade de transpor as barreiras do tempo e do espaço: as possibilidades que a internet me oferece para dispor de mais tempo, de um registro do que estou pensando, dos materiais que utilizo; a possibilidade de trabalhar de madrugada, nos tempos que me são mais produtivos, sem o estresse dos deslocamentos, do trânsito, dos horários... As possibilidades mais ricas de interação com aqueles que geralmente se mantém caladinhos frente a público, mas que "protegidos" pela internet acabam por se expressar com mais facilidade... A esse respeito, por várias vezes me peguei pensando: "como eu queria poder aplicar o Solar com esses alunos... Daria a eles a possibilidade de lerem os textos quando lhes sobrasse algum tempo dentro da rotina atribulada do serviço na Assembleia; poderia ouvir o que pensa aquela menina que sempre senta no fundo da sala e que nunca diz nada durante a aula... Poderia eu mesma estender alguma discussão, lançar mão de algum material novo que tenha visto, registrar os avanços da disciplina... Quantas coisas o Solar me possibilita e que só agora tenho a real dimensão de sua utilidade!!!"

Resumidamente... Sim, eu gosto mais de trabalhar com ensino à distância!


Espaço e Tempo na Aprendizagem a Distância

Atualmente passo pela situação cabível a reflexão sobre tempo e espaço na aprendizagem a distância, enquanto tutor e como aluno. Como tutor procuro deixar o mais claro possível a proposta didática e as atividades a serem realizadas para que o aluno não perca tempo buscando um diálogo de entendimento do que fazer mediante conversa com o tutor. Procuro nas postagens de fóruns aglutinar pensamentos parecidos dos alunos e provocá-los a outras participações com uma mesma postagem. Tento visualizar as postagens e fazer comentário a cada três dias, embora sempre que possível faço uma visita ao fórum. Enquanto aluno tenho maiores dificuldades em manter um rotina, mas posso dizer que a presença do tutor que de maneira coletiva e as vezes individual chama a participação no curso, interfere de maneira decisiva para que retorne a participar. Enquanto aluno e como tutor percebo que cumprir prazos é sempre difícil na educação a distância, por isso sempre envio mensagens relembrando datas e prazos para participações nas atividades. Acredito que não existe um quantitativo fixo de participação e intervenção por meio de mensagens ou nos fóruns realizados pelo tutor que otimize ou dificulte o processo de aprendizagem da turma. Cada uma tem suas características e cabe ao tutor percebê-las para que não se exceda ou seja omisso no curso.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dialogicidade em Paulo Freire


Amor
Humildade
Esperança
Pensar crítico 
Fé nós homens

Estas palavras são muito fortes para nós que trabalhas com Educação e Ensino. Paulo Freire, é realmente um exemplo de amor, humildade, esperança, pensar crítico e fé nos homens.
A crença de que todos aprendem não pode ser alheia ao amor e a esperança. Lembro que quando comecei a ensinar e depois nas atividade de tutoria, uma aluna me disse uma vez: "Eu estou aqui estudando porque quero ser igual a você." Isso me fez refletir sobre o meu papel como tutora.
Numa outra ocasião, após um encontro presencial em que dialoguei com os meus alunos, procurando ouvi-los e valorizar os saberes deles, uma aluna me agradeceu por aquele momento e me pediu um abraço.
É tudo isso que precisamos, ou se preferir - é somente isso que precisamos: dialogar com nossos alunos, saber ouvi-los, valoriza-los, ter fé neles, cuidar do nosso ensino e das nossas relações e atividades com amor, humildade e esperança.
A todos vocês, digo que nosso livro de cabeceira deve ser a "Pedagogia da Autonomia" um verdadeiro receituário dos saberes necessários à prática educativa (Freire).
Saudações com amor e esperança, aos colegas educadores, tutores e professores.

M@ria.

domingo, 30 de junho de 2013

Diálogos pra que te quero...


José Maclecio de Sousa
Ontem comprei um livro de poesia, Quintana, Da preguiça como método de trabalho. Num intervalo, havia, sobre o Diálogo. Mais ou menos, discorria que era a intercalação do tempo  entre dois interlocutores. Que temos feito, senão, isto?! Uma gestação da gestão eficiente da palavra, sobretudo, do outro, que sempre sendo o problema e o incorrigível deve ser alvo da nossa ação iluminada de estimular e aceitar sua fala. Dosando adequadamente os silenciamentos, não em vista da necessária escuta e aceitação do outro epistêmico - no sentido frereano, que seja capaz em sua leitura legitima de mundo de contribuir com a autoria coletiva da necessidade do novo mundo "entrenós" - mas porque é uma forma de controle, dosagem, canalização de energias, simplificação didatizada do processo educativo, pseudo-democrática, pseudo-dialógica. Trazendo em Freire, o meu assunto, junto ao Quintana, modifico a conversa. Posso, Quintana? Vem com a gente Paulo? Começo por sugerir e nos colocar com os dois interlocutores do poeta. Sem mais dizeres, ouvindo eles. Esperando a intercalação. Compreendendo o jogo de inter-calação. Seria possível tirarmos o intervalo? Pedimos, falem ao mesmo tempo, por favor! Como assim não nos entenderíamos, diriam. Pois, bem. Peço que re-digam o que o seu par interlocutor disse. Ops! Não consigo, estava a preocupar-me com a importância da minha fala. Pois que refaçam o dizer novamente. Desta vez, ouçam o outro. O fizeram. Mário e Paulo, permanecem mudos, olhando o ocorrido, entreolhando-se. Os interlocutores, um por vez se pôs a falar, e sabendo que re-diziriam se puseram numa escuta atenta do Outro. O que se percebeu disso, uma compreensão/interpretação do Outro, e por assim paulatinamente, uma aproximação de diferentes em termos de um mesmo assunto, que pouco a pouco ampliou-se, pouco a pouco tornou-se outro, educativo pois. Dialógico. Nesses termos, dizemos da Dialógica uma busca pelo Diálogo verdadeiro que Freire teceu em seus livros e em suas vivências políticas de educação. Nesse sentido político, é transformador, inclusive do nosso próprio conteúdo em relação aos desafios de mundo vivido. Na sua versão poética, é uma animação verdadeira das falas e dos encontros, revelando a boniteza do encontro com o Outro. Seriam estes os contributos da Dialógica Freireana para Educação, em particular para a EaD, compreender melhor os nossos enlaces políticos e estéticos educativos para melhor ensinar-aprender, por assim dizr Ser Mais Dialógico. =)