segunda-feira, 27 de maio de 2013

Princípios Freirianos numa educação do possível!



Quanto mais leio Paulo Freire (1987), mas reconheço a necessidade de nos aproximarmos das suas teorias, principalmente quando estamos falando de Educação a Distância. Sabemos que essa modalidade de ensino vem ganhando significativo espaço no meio educativo para atender as diversificadas demandas da nossa atual sociedade. Nesse sentido, torna-se relevante a discussão provocada por Freire (1987) no que diz respeito às categorias: “amor”, “humildade”, “fé nos homens”, “esperança” e “pensar crítico” como mediadoras para o diálogo.
Para Freire (1987), o amor é o fundamento para o diálogo, pois para ele: “o amor é compromisso com os homens. Onde quer que estejam estes, oprimidos, o ato de amor está em comprometer-se com sua causa”. Acho muito significativo pensar a educação como um ato de amor, porém, temos que estar atentos, pois, segundo Freire (1987) educar “é um ato político”.
A segunda categoria: “humildade” caminha lado a lado com o “amor”. Como seria o saber agir com amor se não houvesse a humildade? Amor e humildade são duas palavras que são, ou pelo menos deveria ser, trabalhados pelo tutor em sua prática docente, seja na postura (na interatividade com os estudantes) e nas metodologias (uso de recursos que provoquem reflexão como poesias, vídeos, etc.).
Para o diálogo, há também que se fazer valer a categoria: “fé nos homens”, ou seja, “fé no seu poder de fazer e de refazer. De criar e recriar. Fé na sua vocação de ser mais, que não é privilégio de alguns eleitos, mas direito dos homens.” Freire (1987). No contexto da Ead, ter fé é ir além do que se acredita ser possível. É explorar terrenos ainda desconhecidos. É acreditar no seu potencial e, sobretudo no dos estudantes. 
Freire (1987) enfatiza ainda que para haver o dialoga é preciso termos “esperança”, uma vez que a luta do oprimido deve ser motivada e acompanhada pela esperança. Mas, “esperar não é cruzar os braços” como indaga o autor, e sim esperar com o sentido de que as conquistas irão ser alcançadas quando nos organizamos para um fim comum.
Para fechar o conjunto de categorias que promovem o diálogo, Freire (1987) ainda destaca a categoria “pensar crítico”, que para ele: “não há diálogo verdadeiro se não há nos seus sujeitos um pensar verdadeiro. Pensar crítico”. Esse talvez seja um ponto significativo que merece atenção visto que a Ead atende uma demanda de diversificadas ciências da qual chamo atenção para as ciências das tecnologias, as exatas e os cursos de formação para o mercado do trabalho que, em muitos os casos, se distanciam desses princípios.


Um comentário:

  1. Aleksandra, você já vivenciou alguma situação na tutoria em que pudesse observar esses princípios freireanos?

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