quarta-feira, 10 de abril de 2013

A primeira vez ninguém esquece...

Quando fui tutora pela primeira vez, foi algo muito estranho, diferente... Senti medo por todos os lados... Medo de lidar com uma disciplina a distância, medo do que me esperava quando chegasse ao polo, medo dos alunos perceberem meus medos, medo do conteudista achar meu trabalho ruim, medo de viajar... Enfim... Muito disso era provocado pelo fato de eu não ter nenhuma formação específica para atuar como tutora... Eu já havia sido (por um ano meio) monitora da Informática Educativa... Por muito tempo acreditei que o trabalho do tutor se assemelhava ao trabalho que já tinha feito por tanto tempo como monitora, até o dia que o conteudista me avisou que eu viajaria para Russas e quem daria aula para os alunos seria eu... Nooooossa! Apavorei legal!!! rsrsrs Mas depois que fui, que conheci os alunos, suas histórias de vida, a boa vontade com que me receberam, tudo ficou mais fácil... Muito embora continuasse sentido uma certa distância entre mim e eles pelo fato de eu ser oriunda de uma capital e não fazer a menor ideia do que é a vida na roça... Sim, porque muitos dos meus alunos viviam "na roça", trabalhavam de dia na terra, outros trabalhavam nas cerâmicas ou na Dakota e vinham assistir aula a noite comigo... Isso me chamou muito atenção (e ainda chama)...

5 comentários:

  1. Companheira, também senti esses medos!
    Eu acho que faz parte de todo inicio. Esse medo de tudo, que acontece, serve para que possamos refletir a cada ação, e ter cautela.

    bj
    Maria

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  2. Quando vamos aos encontros presenciais acabamos por perceber a verdadeira realidade dos nossos alunos, identificamos o grau de dedicação e esforço e as reais dificuldades que enfrentam para acessar o curso. É como se, enfim, enxergássemos.
    "medo dos alunos perceberem meus medos"... Senti isto na ida ao meu primeiro encontro presencial, ficava rodeando na cabeça os "e se..." pensava na receptividade da turma, se iriam cobrar algo que eu não tivesse como responder, pensava nas reclamações sobre o acesso e utilização do ambiente virtual. Mas eles, pelo menos até hoje, sempre nos recebem de braços abertos, querendo agradar, mostrar o que estão aprendendo, fazer perguntas entre outros. Acho que nem todas as turmas são assim, mas ainda não tive a primeira vez em uma turma com outras características, tenho receio deste dia e por isso busco planejar para os encontros presenciais dois ou três planos que possam se adequar aos diferentes tipos de turma.

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  3. Esses medos são comuns quando vamos iniciar algo novo.
    Eu agora no entanto, sinto um medo diferente dos seus.
    O medo de nunca atuar.

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  4. Adorei essa partilha de medo(s). Nos aproxima. Nos qualifica como human@s. Nos faz sentir parte. E somente, passado por eles e os enfrentado percebemos que nos formamos com ele também. Acho que desde agora, vou pro enfrentamento ao medo com maior força, porque sei que não estou/amos sozinhos com o medo(s). abraços a tod@s.
    José Maclecio de Sousa

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  5. "Medo dos alunos perceberem meus medos". Esse é o pior dos medos.
    Úrsula, eu gosto muito do seu estilo de escrever: sincero. Parece que estamos conversando. Você transmite muita verdade nos seus textos, com todas as vírgulas, reticências e pontos de exclamação!

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